Um profissional feliz não quer guerra com ninguém.
Em Setembro de 2018 pedi demissão e sai do
emprego. Há algum tempo eu fazia as atividades com um tanto de frustração. Tudo
que eu fazia não via sentido e eu decidi, em um impulso inesperado, nadar em
outros mares.
Neste tempo, revivi todo meu percurso
profissional. A escolha do curso, a faculdade, os estágios e empregos. Vestia o
padrão porque achava que era minha "caixa" quando no fundo, aquilo
nunca me serviu. Sei que falhei por não ter prestado atenção aos meus sinais e
os alertas disparados mas isso também, de alguma forma, faz parte da
experiência.
Sei que muitos profissionais sentem que não
estão produtivos e acreditam ser uma fase que logo passará. Isso eu mesma vivi.
Creio também que somos seres adaptáveis mas hoje compreendo que adaptação é o
oposto de anulação.
Tenha lido muito sobre como não minar a
criatividade dos profissionais e entender que, como indivíduos, não podemos ser
colocados em uma única caixa, no velho modelo - padrão. Essa geração já
modificou muita coisa mas ainda há exaustiva pressão por resultados sem a
devida preocupação com as habilidades e expertises de cada profissional, quem
dirá, com suas limitações.
O autodesenvolvimento profissional é
construído naturalmente quando sua forma e estratégia de trabalho são
compreendidos e que isso contribui objetivamente na sua produtividade e
criatividade. Aliás, a transparência é a alma do negócio. Ou deveria ser.
Ter passado mais de uma década tentando me
adaptar aos padrões em prol de "ganhar o ão de cada dia" me trouxe
insegurança inúmeras, inclusive, no campo pessoal. Reconheço a mudança de visão
dos empreendedores, em clara necessidade de adaptação aos novos rumos do
mercado.
É importante que os empreendedores (e
gestores, principalmente) passem a reagir positivamente nas diferenças cada profissional
e naquilo que possível, agregar valor ao coletivo. Afinal, um profissional
feliz não quer guerra com ninguém.
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Texto escrito em 04 de Fevereiro de 2019 e publicado no Linkedin.
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